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Shakespeare

O espelho da alma humana

William Shakespeare nasceu em 1564, em Stratford-upon-Avon, filho de um artesão próspero chamado John Shakespeare, que mais tarde perdeu o prestígio e afundou em dívidas.

Essa infância dividida entre status e queda talvez explique a sensibilidade do filho para temas como ambição, honra, humilhação e perda — marcas vivas em suas peças.

Aos 18 anos, casou-se com Anne Hathaway, de 26. Tiveram três filhos, incluindo os gêmeos Hamnet e Judith. Hamnet morreu aos 11 anos. Pouco depois, Shakespeare partiu para Londres, onde se reinventou: virou ator, dramaturgo e sócio de uma companhia de teatro. Escreveu para reis, multidões e imortalidade.

Viveu entre os palcos e o silêncio.
Foi homem de negócios, escreveu peças geniais, não deixou diários nem confissões.
Mas comprou uma casa em Stratford, chamada New Place, e voltou para lá no fim da vida. Morreu em 1616, com 52 anos — sem saber que o mundo jamais o esqueceria.

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O homem que se dissolveu em seus personagens

Shakespeare deixou poucas pistas de si. Não há diários, cartas íntimas, nem uma assinatura única. Tudo o que sabemos com certeza cabe em uma linha do tempo incompleta. E mesmo assim, quando lemos suas peças, sentimos como se o conhecêssemos melhor do que qualquer outro autor da história. Bill Bryson chama atenção para esse paradoxo:

 

“Shakespeare é o escritor mais famoso do mundo, e também o menos conhecido.”

Ao invés de explicar a si mesmo, Shakespeare se transformou em Hamlet, Julieta, Lear, Próspero. Não quis ser um autor visível — quis ser um espelho da alma humana. Por isso, suas obras não são apenas literatura. São portais para dentro.

A travessia que dói porque é nossa

A.C. Bradley, em sua leitura das grandes tragédias, não se deteve apenas na estrutura ou no estilo. Ele perguntou: por que essas peças ainda nos ferem?

A resposta é simples e profunda: porque as emoções nelas são reais.

Hamlet não é apenas um personagem indeciso. Ele representa nossa dúvida mais íntima.
Otelo não é apenas um ciumento. Ele é nossa insegurança encarnada. Macbeth não é só um ambicioso. Ele é o nosso medo de sermos fracos. Bradley via Shakespeare como um psicólogo da alma sem consultório. Cada peça é uma travessia emocional, e o público sente isso como se fosse com ele. 

 

No Teatro Interior, esse é o ponto de partida:
Ler Shakespeare não é entender — é sentir, é atravessar.

O autor de todos os tempos

Em 1765, Samuel Johnson escreveu uma frase que resiste ao tempo:

“Shakespeare não pertence a uma época, mas a todos os tempos.”

​Ele não moralizava, não doutrinava, não idealizava. Mostrava o ser humano em sua inteireza: com falhas, grandezas, amores e derrotas. E fazia isso com tal precisão que atravessou séculos, idiomas e culturas — sem perder o impacto.

Johnson via em Shakespeare uma espécie de raio-x do espírito humano.
Um escritor que falava de reis e mendigos, amantes e traidores, com a mesma intimidade com que alguém fala de si mesmo.

É por isso que suas palavras ainda nos tocam.
E é por isso que o Teatro Interior escolhe Shakespeare como espelho.
Porque em suas peças, nós não apenas olhamos — nós nos vemos.

Shakespeare escreveu com palavras, mas esculpiu com espelhos.

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